quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Orfanato Maldito (Parte 1)

Obs: Este texto fonte deste post estava com um número excessivo de erros de pontuação. Fiz o que pude para deixá-lo o mais claro possível, mas este ainda pode conter alguns erros. Qualquer coisa é só avisar nos comentários.




 Eu me chamo Paulo e sou restaurador de pinturas. Trabalho basicamente em igrejas e museus. Eu nunca tinha trabalhado em um orfanato até então. Um dia estava em meu trabalho, restaurando uma pintura de são Jorge em uma pequena igreja, de um bairro lazarilho de minha cidade. Meu celular tocou, e como eu estava com as mãos sujas, pedi que o meu colega, e ajudante Jonas o atendesse, em quanto eu trabalhava.

– Alô! Eu escutei ele dizer, enquanto eu estava de costas trabalhando. –Ele está restaurando uma pintura no momento. – Jonas, falava olhando para mim, no momento em que eu me virei curioso. –Tá bom! Eu vou perguntar a ele. –Ele tirou o celular do ouvido.

É uma mulher chamada Elaine, ela está perguntando se você pode ir amanha em um orfanato restaurar algumas pinturas.

Pensei um pouco, pois já tinha alguns compromissos, mas eram à noite.

– Diga a ela que eu posso sim, mas pela manhã.

E assim ele fez.

– Certo, amanhã pela manhã ele vai ai. Me passe o endereço.

Continuei trabalhando ao mesmo tempo que o meu mais novo ajudante, amigo e agora secretário anotava o endereço. Algumas horas depois, eu terminei o meu trabalho, e como faço todos os dias fui para casa, comi um pouco e terminei o dia da forma mais divertida possível, para os que não tem para onde ir. Assisti tele visão até pegar no sono. Durante o meu sono mais profundo eu tive um sonho estranho, sonhei com o meu trabalho do dia seguinte, não me lembro direito como foi, ma pelo estado em que eu acordei, sei que não era bom, no entanto, voltei a dormir.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Guilhotina

Pio Neto despertou com a impressão de uma torquês espremendo os miolos, um sentimento de urgência indefinível lhe abarcava o peito, sentia a necessidade de encontrar uma perspectiva para a vida que escorreria imutável e desolada nas próximas vinte e quatro horas – durante toda a eternidade. Permeando a irrealidade estabelecida entre o sono e o despertar, a angústia era tão intensa que teve ímpetos de gritar como se o som de sua voz fosse uma lança de libertação exigindo arremesso.

O dia nascia, anunciado pelos pardais na árvore da calçada, uma maldita árvore que despejava camadas de flores na primavera, dilúvio de folhas no outono, torrentes de bagas inúteis e estalantes no verão e, no inverno, apresentava a tristeza de cão sarnento. Veio-lhe aos ouvidos batidas fortes numa porta e em seguida a voz possante, autoritária, do pai:

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Pesadelo

Era mais de meia-noite, a garota Laura estava deitada em sua cama, com os olhos bem abertos ela encarava o teto, não queria dormir, tinha medo. Era horrível saber que depois que fechasse seus olhos o inferno começaria. A menina sofria muito, todas as noites ela tinha o mesmo pesadelo, um pesadelo que fazia sua vida parecer sem sentido, que a impedia de ser feliz. Essa era a realidade da pobre garota.

Como em todas as noites, Laura rezou, pedindo a Deus que desse vez ela tivesse uma boa noite de sono, que o pesadelo que lhe impedia de seguir em frente não lhe atormentasse. A garota terminou de rezar e fechou seus olhos. Dormiu e sonhou.

Laura estava na mesa jantando, acompanhada de sua mãe Márcia e sua única irmã, Maria. Maria era 5 anos mais velha que Laura, tinha 17 anos e era uma garota muito inteligente e responsável. A mãe de Laura, Márcia, tinha 34 anos e nos últimos 5 vinha se esforçando muito para cuidar das filhas, sempre fora uma mãe boa e sentia-se uma mulher realizada com sua família, até que seu marido, Olavo, começara a beber todos os dias e assim fazer muita confusão quando chegava em casa.

Garota Má

Annie fugiu mais uma vez, outra noite. Levei algumas horas para achá-la no parque, indo para frente e para trás no balanço sem ligar para o mundo, como se ela tivesse todo o direito de estar ali. E ela tinha tingido o cabelo outra vez, dessa vez estava loiro. Eu não queria criar uma confusão ali com todas aquelas pessoas olhando, então peguei ela do balanço e a arrastei para casa chutando e gritando como uma lunática. Foi humilhante. Eu tive que sorrir e encolher os ombros como se não estivesse incomodada enquanto todas as pessoas olhavam. Assim que chegamos em casa, eu a coloquei no quarto e ela ficou ali sentada na cama, chorando e chorando. Do jeito que estava eu não tive coração para gritar com ela por ter fugido. Acho que esse é o verdadeiro problema, essa falta de disciplina. Nunca fui boa em ser durona ou razoável. Estou sempre indo longe demais de um jeito ou de outro. 

Há alguns meses quando ela veio para cima de mim com uma faca de cozinha. Por um minuto eu realmente pensei que ela tentaria me machucar, o meu próprio anjinho. Mas depois ela apenas deitou ali em meus braços tão quieta, me deixando acariciar seu cabelo e cantar uma canção de ninar, como se nada tivesse acontecido. 

Os Estranhos Moradores do Hotel Lancaster

Durante o expediente na repartição pública, Ramon fazia questão de ser apenas um fantasma, aquele que batia o ponto exatamente no horário, respondia aos cumprimentos dos colegas de trabalho com resmungos, sentava-se à mesa na seção contábil e anulava-se no mundo dos números. Nunca foi convidado para reunir-me com a turma no barzinho às sextas-feiras à noite, não participava de brincadeiras tipo amigo-secreto, jamais foi a um batizado de filhos de funcionários, sua boca sempre permaneceu descaída quando o chefe contava piadas idiotas – ninguém tentava conquistar sua amizade, o que lhe parecia uma bênção.

Mas há dois dias o comportamento de Ramon mudou. Passou a xingar os colegas da repartição por qualquer coisinha, a chutar a lixeira perto da mesa, teve duas ou três crises constrangedoras de choro convulso, ali, bem diante de todos. Consequência: prestes a terminar o expediente, foi chamado à sala da chefia, recebeu uma suspensão de três dias e conselho para procurar um psicólogo.