Depois do que aconteceu com o espelho, ainda me dá calafrios quando lembro daquela coisa escura passando a janela tomando rumo ao céu e sendo apagada por um relâmpago. Mas, isso não foi tão assustador quanto o que me aconteceu dias depois ao ir visitar um amigo. Daniel é um velho amigo, costumamos debater sobre as questões sobrenaturais, alongamos horas e horas nesse assunto. Ele mora pouco distante de Capela, minha pacata cidade, e para visitá-lo eu preciso da ajuda de Atal, meu velho e amado fusca.
Era manhã de domingo por volta de 9 horas, o céu continha algumas nuvens que se alternavam a sobrepor o Sol, amenizando um pouco o calor. Em frente a minha casa, famílias passavam rumo a igreja, o velho hábito das missas de domingo, eu também costumo ir, mas como esse domingo resolvi visitar Daniel, apenas cumprimentava meus conhecidos que passavam.