Era uma casa simples de pau a pique, móveis rústicos em poucas quantidades e a poeira estavam ali de propósito.
Era uma casa dentro do museu, a casa da cabocla, assim era chamada e atraia muitas visitas sempre, um movimento dos turistas que sempre queriam passar pela casa da cabocla e ver cada detalhe, cada palha, tecidos de xadrez, cada babadinho das toalhas que deixavam a casa feminina. Queriam ver os vestidos feitos pela própria cabocla e também explorar os quitutes de mentira que colocaram de enfeite sobre a mesa e os armários na cozinha.
Nesta casa, bem no centro da casa, na sala, havia um quadro, um retrato grande de uma cabocla, bonita com seus cabelos presos possivelmente em um coque, a boca cerrada e um par de brincos de pérolas. A sobrancelha bem feita e os olhos fundos, porém vivos, acompanhava cada pessoa que por ali passava.
O museu estava correndo o risco de ser fechado por causa de algumas denuncias feita por familiares de homens que ali morreram, um homem havia caído da escada, outro havia se enforcado, outro ainda havia se afogado dentro do caldeirão de água, tudo isso dentro da casa da cabocla. Autoridades foram ao local realizaram muitos reparos, colocaram mais segurança evitando que outros acidentes acontecessem, além disso, multou o museu.
Porém, uma vez mais aconteceu, outro acidente outra polemica, outro homem havia sido encontrado morto na casa da cabocla, desta vez um jovem havia sido esmagado por uma tábua solta. Assim a casa da cabocla ficara fechada por meses até que outras vistorias fossem realizadas.
Meses depois a casa da cabocla já estava em pleno funcionamento, novamente.
Lucio era solteiro, acabara de completar vinte e três anos, e estava naquela cidade tradicional e lendária, para uma visita ao museu com sua turma de faculdade. Entraram pelos corredores ecoantes do museu, passando pelos túneis escuros e lugares sombrios até naqueles cheios de antiguidades. Até então chegar ao ultimo local; a casa da cabocla.
Todos estavam fazendo anotações sobre tudo, e fascinados por aquele lugar, todos ficavam, cada parte rústica e simples era interessante, até então que Lucio parou de frente para o retrato aquela jovem cabocla e ficou analisando sua beleza encantadora.
Nem notou quando seus amigos saíram passaram por ele e saíram o deixando só ali de frente para o quadro. Algo era familiar, ele se sentia muito bem olhando praquela moça. Ele precisava ir embora dali, porém algo não deixava o fazer. Decidiu arriscar e ficar ali pra ver o que aconteceria.
Não aguentou, e tocou o retrato. Então sentiu algo bom, uma energia estranha, e então sentiu a respiração quente vindo das narinas daquela moça. Não podia acreditar, o retrato podia se mexer, os olhos estavam saltitantes e visos, lindos, os cabelos estavam soltos e pela bela e bem desenhada boca saiu uma frase:
– Que bom que veio me ver querido!
Lucio arregalou os olhos, mas não conseguia fugir, na verdade não Queria sair dali.
– Não tenha medo! – Continuou dizendo aquela moça – Você pode vir e ficar aqui comigo, pode ter a mim para você!
Era tudo o que Lucio mais queria, seus olhos cruzaram o da moça do retrato, e ele pode até sentir o doce perfume daquela cabocla sedutora.
– Querido me escute! –Disse ela suavemente – dentro do meu armário há uma tesoura de jardim, basta você usa-la para poder vir desfrutar de minha beleza, querido...
Lucio não estava pensando, estava sob os encantos do retrato da cabocla, não receou e foi até ao armário do quarto, onde encontrou no interior do armário uma grande tesoura afiada.
– Você sabe o que fazer! – Atiçava a moça – Lucio começou a tremer, estava ciente do que iria fazer, porém o queria fazer. Não ligava com mais nada, só queria estar com aquela jovem cabocla.
Então sem hesitar mais, começou a caminhar as lâminas da tesoura para se pescoço, quanto mais perto a lâmina ficava, mais a cabocla demonstrava entusiasmo e excitação e incentivava:
– Falta pouco, querido! Logo estará comigo, meu amor...
Adaptado de: http://lercontosdeterror.blogspot.com.br
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Eu lembro que era criança ainda quando ouvi essa história pela primeira vez,se não me engano devia até ter um livro,mas pode ter sido só impressão,lembro do fascinio que ela me causou e o medo tbm rsrsrsrs
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